quinta-feira, 9 de agosto de 2007

demonios de papel

Sonhos, alucinações, suores e tremores
tantos giros no desvairado carrossel,
levando nos olhares, anos de muitas dores,
eternamente rodeado por demonios de papel

Na lama, espantalho imundo,
na alma, rasgos defuntos,
onde queima o arranhar do vento,
no maldito passar do tempo

Porém,
on the rocks e o sentimento alado
o malfeito triunfa por força bruta
na brincadeira noturna do resignado,
reina absoluta a desgraça profunda

O tempo, reputado: implacável,
impõe o regresso do sentimento insociável
no eterno silêncio do solitário errante
resta no peito um aperto,
uma agonia constante
 

Um comentário:

Marilia disse...

não derreta-se pelos sentimentos malfeitos, nem pela ingratidão do presente...
solidifique-se
cada instante mais...
pelo o que há dentro do seu peito!